Diferente do eletrocardiograma que detecta a atividade elétrica do coração como um todo, com os cateteres são registrados eletrogramas captados entre dois eletrodos próximos, representando a atividade elétrica de uma pequena área do coração. Mapeando o tempo de condução de pequenas áreas específicas do coração é possível saber o ponto exato onde a condução é falha, assim são identificadas e diagnosticadas as arritmias cardíacas.
Os cateteres são posicionados em pontos específicos do coração para captar os potenciais do eletrograma intracavitário, um deles é posicionado na região alta do átrio direito, próximo à região do nódo Sinusal e capta o sinal bipolar dos átrios, denominado potencial A (átrio). O potencial A caracteriza-se por inscrições rápidas e bem definidas na linha de base.
O cateter posicionado no ápice ventrículo direito faz o registro do eletrograma de ventrículo, o potencial V, caracterizado por deflexões rápidas na linha de base. Normalmente o potencial V ocorre simultaneamente ao complexo QRS do eletrograma de superfície.
Outro cateter é posicionado na junção atrioventricular perto do folheto septal da válvula tricúspide e capta o potencial do feixe de His, composto pelos potenciais A (átrio), H (His) e V (ventrículo). Tipicamente o potencial H ocorre dentro do intervalo entre as ondas P e R (QRS) do eletrograma de superfície. O eletrograma do feixe de His manifesta-se por deflexões rápidas na linha de base logo após o eletrograma atrial.
Outro ponto importante para colocar o cateter é no seio coronário. A introdução de um cateter com múltiplos eletrodos distais (entre 6 a 10 pólos), permite a captação de diferentes potenciais elétricos em direção ao lado esquerdo do coração.
Com todos esses cateteres dentro do coração fica possível mapear a parte elétrica onde está o problema e com um cateter específico conseguimos resolver esse defeito.
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